Dr. Márcio Rodrigues
O ectrópio palpebral, também chamado simplesmente de ectrópio, refere-se a uma condição na qual a margem palpebral, comumente a inferior, se distancia de sua posição anatômica normal, que é em contato com a conjuntiva bulbar, passando a ficar evertida. Mais simplificadamente, a pálpebra vira para o exterior, deixando a superfície interna exposta.
Esta condição ocorre tanto em humanos quanto em animais. É comumente observada em cães de certas raças, como o Coker Spaniel, o São Bernardo, o Basset Hound, dentre outros.
Dentre as diferentes causas do ectrópio estão:
- Envelhecimento;
- Ectrópio congênito;
- Cicatriz;
- Problemas mecânicos;
- Alergia;
- Paralisia do nervo facial;
- Tumores palpebrais, tanto benignos quanto malignos;
- Perda de peso rápida;
- Cirurgia prévia utilizando radiação ou cirurgias cosméticas.
As manifestações clínicas incluem:
- Drenagem inadequada das lágrimas;
- Irritação dos olhos devido à estagnação das lágrimas ou secura causada pela condição em questão;
- Lacrimejamento excessivo;
- Ressecamento excessivo.
O diagnóstico é alcançado por meio de um exame físico, juntamente com um exame oftálmico de rotina.
O tratamento vai depender do fator desencadeante do ectrópio. Contudo, geralmente a realização de um procedimento cirúrgico é necessária. Colírios e pomadas devem ser usados para controlar os sintomas e para proteger a córnea.
Caso não seja tratado a tempo, o paciente pode desenvolver lesões na córnea, que podem evoluir para uma úlcera.
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